segunda-feira, 21 de maio de 2012

POESIA ALUSIVA A ESTOI

Nos "Jogos Florais da Pinha - 2012", foram estes os trabalhos distinguidos pelo júri, na categoria de "Poesia Alusiva a Estoi".
  • A MINHA ALDEIA

Assim acorda meia aldeia em alvorada
Quando outra metade adormece já madrugada
Começam os motores agrícolas na manhã
Na ressonância dos labores de cada dia
Cada qual traz a sua melodia
E eu sinto em ti aldeia um talismã

Como eu te amo minha aldeia, minha terra
Situada entre o mar e a agreste serra
Aqui nasci tão longe parti mas regressei
Na esperança de continuar no presente
Para não viver só no meio de tanta gente
Onde por te adorar, dos teus poetas falei

E quando chama da saudade ainda arde
És aldeia o meu tronco e minha arvore
Porque sou a raiz deste lugar onde nasci
E quando a luz do belo luar prateia
Na mansa brisa da noite em ti aldeia
Como eu adoro assim viver, viver aqui

(Maria Helena Ramos)
  • A CAMINHO DE ESTOI
Passam mulheres na estrada
Acenam com lenços brancos,
Levam nos pés os tamancos,
Saia de chita, rodada...
A conversa, a gargalhada,
Rostos bonitos e francos...
Em Estoi pousam nos bancos
Que foi grande a caminhada.
 ... Hão de ter cabelos brancos
Aturando a filharada.
............................................
Passam mulheres na estrada
Acenam com lenços brancos.

(Jose Antonio Palma Rodrigues)


  • MÊS DE MAIO
Bem-vindo seja Maio mês de Maria
Assim acorda Maio na minha aldeia
Desde o amanhecer nos convida a alegria
E nas prosas da liberdade assim vagueia

Primeiro de Maio dia do nosso trabalhador
Quer a tradição docinho e aguardente
O nosso povo esquece assim o seu labor
Em Estoi na tradição da nossa gente

A seguir lá vêem a festa da pinha
A tradição secular jamais esquecida
Assim revive a nossa aldeia branquinha
Os romeiros esquecem as mágoas da vida

Também Maio festeja o dia da mãe
Esse tão sagrado amor puro e leal
Amor de mãe feliz de quem ainda tem
Santa mãe não há outro amor igual

Treze de Maio as romarias de Fátima
Ó virgem mãe livra-oos sempre do mal
Dai-nos sempre a fé que nos faz falta
Abençoai este povo cristão e Portugal

 (Maria Helena Ramos) 

  • AO POETA EMILlANO DA COSTA

Vestiu a bata de escaiolador
Quis ser espátula pincel e pintor
Mas foi um grande senhor
Que atingiu a sua meta
Morreu um dia um sonhador
Cansado de tanta cor
Morreu um dia um Doutor
E assim nasceu o poeta

E eu que posso eu deixar?
Na minha diversidade popular
Simplesmente homenagear
Um médico da minha aldeia
Não sei pintar numa tela
Nem fazer uma aguarela
Na minha prosa singela
Só a minha alma vagueia

(Maria Helena Ramos)

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