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quarta-feira, 1 de maio de 2024

JOGOS FLORAIS -RESULTADOS FINAIS 2024

25 de Abril - Festa da Pinha – 50º Aniversário Jograis


O Júri de seleção, presidido pela Prof.ª Guiomar Paulo, tendo como apoiantes o Presidente da Direção dos Jograis, Duarte Baião e o sócio fundador Joaquim Aleixo, decidiu atribuir, após leitura dos trabalhos a concurso, a seguinte classificação final:

Vencedores das Diversas Categorias:

Quadra popular
1ª Classificado: -Maria Francisca Graça
2º Classificado: -José Joaquim Rodrigues

Soneto
1º Classificado: -José Joaquim Rodrigues

Poesia obrigada a mote
1ª Classificado: -Maria Francisca Graça
2ª Classificado: -Maria Helena Ramos

Poesia livre
1ª Classificado: -Maria Francisca Graça
2º Classificado: -José Joaquim Rodrigues
3ª Classificado: -Maria Helena Ramos

Prosa
1º Classificada: -Maria Francisca Graça

Muito embora todo o nosso empenho em motivar a participação dos poetas e amantes da escrita, foi pequena a participação de concorrentes, apenas 3, como se poderá constatar pela classificação atrás exposta, pelo que a Organização e o Júri de seleção, agradecem aos poetas Maria Francisca Graça (a mais premiada) e aos Estoienses Maria Helena Ramos (Paris) e José Joaquim Rodrigues, a participação no nosso certame, informando que, por razões de funcionalidade, não será realizada a sessão solene prevista para o dia 3 de Maio. 

Porém teremos todo o gosto em fazer chegar aos participantes premiados os prémios correspondentes.

Faro, 30 de Abril de 2024
P´lo Júri dos Jogos Florais,
(Joaquim Aleixo)

domingo, 7 de abril de 2024

JOGOS FLORAIS 2024




Os Jograis António Aleixo de Estoi, realizam, no ano das comemorações do seu 50.º aniversário (15 de Agosto), do 25 de Abril e no âmbito Festa da Pinha (2 de Maio), uns Jogos Florais, cujo Regulamento se dá conhecimento a todos os interessados (maiores de 14 anos).

Regulamento

1. Poderão os concorrentes apresentar os seus trabalhos nas seguintes modalidades:
a) Quadra popular
b) Soneto
c) Poesia obrigada a mote
d) Poesia livre
e) Prosa sobre o tema: - “O Algarve – Que futuro nos reserva…”

2. Cada concorrente poderá apresentar, no máximo, dois trabalhos a qualquer uma das modalidades acima previstas, devendo ser apresentado em dois exemplares por cada modalidade, dactilografados a espaço e meio de entrelinhamento, em papel formato A4, tipo de letra “Times New Roman”, tamanho de escrita 14.

3. Na modalidade de “Poesia obrigada a mote”, a quadra de António Aleixo:

Se pedir, peço cantando
Sou mais atendido assim
Porque se pedir chorando
Ninguém tem pena de mim!

4. Em qualquer das modalidades, cada trabalho será subscrito com pseudónimo e no envio, far-se-á acompanhar de envelope fechado, contendo a identificação do autor concorrente.
Na parte exterior do mesmo, deverá constar o pseudónimo e a modalidade a que concorre.

5. Todos os trabalhos deverão ser enviados, até à próxima Sexta-Feira, 26 de Abril, para:
  • Jograis António Aleixo – Rua João de Deus, nº 31 – Estoi – 8005-475 Faro.
6. O Júri de seleção será composto por 3 cidadãos de reconhecida idoneidade, a quem será vedada a participação nos Jogos Florais.

7. Os concorrentes premiados serão atempadamente avisados dos resultados dos Jogos Florais.

8. As situações omissas no presente Regulamento, serão apreciadas e decididas pelo Júri destes Jogos Florais.

9. A cerimónia de entrega de prémios e Diplomas de participação, será feita no salão da União de Freguesias, sito no Largo Ossónoba em Estoi, no dia 3 de Maio, pelas 21,00 horas.

Obrigado a todos os concorrentes.

Estoi, 21 de Março de 2024

Grupo Desportivo e Cultural Jograis Antº. Aleixo
O Presidente da Direção

(Duarte Baião)

sexta-feira, 25 de maio de 2018

ENTREGA DE PRÉMIOS DOS JOGOS FLORAIS 2018



Os Jogos Florais da Festa da Pinha que este ano, mais uma vez, estiveram a cargo da ACESTOI - Associação Cultural de Estoi, vão ter a cerimónia de entrega de prémios no próximo Sábado, 26 de Maio, a partir das 16,00 horas, a qual terá lugar como habitualmente no salão da Junta de Freguesia.

Na mesma cerimónia serão ainda entregues os seguintes prémios:
  • Melhor Cavaleiro
  • Melhor Carro de Tração Animal
  • Melhor Tractor
  • Melhor Camião

quarta-feira, 1 de junho de 2016

FESTA DA PINHA 2016



Poesia concorrente aos "Jogos Florais da Pinha - 2016", na modalidade de poesia alusiva a Estoi.

Em Estoi organizada
Festa que todos seduz,
Pelo povo dedicada
À Senhora do Pé da Cruz

Foi de meus pais e avós,
Agora ela é toda minha,
Mas também de cada voz,
Que grita, que “Viva a Pinha”!

Logo ao primeiro alvor,
O céu d´azul foi pintado
E o sol, irradiando vigor,
Mostrou assim seu agrado.

A aldeia acordou em festa,
Vibra alegre o aldeão!
Não tem manhã como esta,
Tão cheia de emoção!

Toda a gente em movimento,
Mostra um ar atarefado,
Correndo, contra o tempo,
P´ra tudo estar preparado

Em todos a mesma ideia,
Em cada ano que passa,
Que a festa-mor da aldeia
Decorra em paz e graça.

Tudo quer entrar na festa,
P´ra cumprir a tradição,
Promessa dos almocreves
Em prova de devoção.

Vão garbosos cavaleiros
E a malta dos tratores,
Levam fatos de romeiros,
Farnéis fartos e mil flores.

Com tudo bem enfeitado,
Gente vestida a rigor,
O cortejo organizado
Pede a bênção do Senhor!

Ao passar junto à Igreja,
Gritam velhos e meninos,
Bom dia! Que se almeja,
Até com toque dos sinos.

Estrada fora, lá vão!
Os romeiros de Estoi.
Uns bebem … outros não!
Depois se vê como foi.

Campos pintados de cor,
Plenos de flores silvestres.
Natureza! Esplendor!
Para traz tempos agrestes!

Chegados enfim ao Ludo,
Por sob as abas do arvoredo,
Mesas repletas de tudo,
Para repartir sem medo.

Deus Baco ´tá presente!
Ele comanda o manjar!
Mas a alegria latente,
É a de poder partilhar.

E é prazer escutá-los,
Tarde fora! ´té final.
Os relinchos dos cavalos,
Sons musicais no pinhal!

Soa a hora d´abalada,
Há que arrumar toda a tralha.
E que o Senhor nos valha!
Até à hora chegada …

A viagem vai ser longa,
Mas o cortejo já mexe.
Espera-os a som da banda,
Em Santa Barb´a de Nexe.

Coiro da Burra, enfim!
Hora d´acender archotes.
Que o povo, em frenesim,
Já chegou, veio em magotes.

E ao som da filarmónica,
Foguetes a ribombar,
A romaria, eufórica,
Parece o povo abraçar.

Gritando alto o Romeiro,
Dá vivas à Festa da Pinha!
Em resposta um eco inteiro.
O povo não se continha!

Gentes, cortejo passante,
Em completa sintonia.
Este segue confiante,
Cumpre a missão que o guia.

Agradecer à Senhora,
Milagre da Salvação,
Dos almocreves d´ outrora,
Em hora de aflição.

E em frente da ermida,
Lá no alto … uma fogueira,
É acesa e ganha vida,
Nova prece à Padroeira.

Senhora do Pé da Cruz,
Protege a nossa terra,
Cobre-a da tua luz,
Afasta o povo da guerra.

(José António G. Paula Brito)

domingo, 29 de maio de 2016

JOGOS FLORAIS 2016




Decorreu ontem à tarde, no salão da União de Freguesias Conceição e Estoi, em Estoi, a cerimónia da entrega de prémios dos "Jogos Florais", deste ano.

Oportunidade para apresentação de alguns autores presentes que leram os seus próprios trabalhos e muita animação com a apresentação do grupo teatral que veio da Fuzeta, dirigido pela professora Maria José Fraqueza que representou um extracto da peça da sua própria autoria "As Lavadeiras" .

Voltando aos Jogos Florais da Pinha de 2016, organizados pela Acestoi- Associação Cultural de Estoi, o Júri do concurso, composto pelas professoras Regina Jerónimo, Guiomar Paulo, professor Luis Isidoro e Conceição Morais, presidente da Acestoi, atribuiu a seguinte classificação:

Poesia Obrigada a Mote

COBARDE,  da autoria de António Isidoro Viegas Cavaco - 1º. prémio
APONTAMENTO, da autoria de José António Palma Rodrigues - 2º. prémio
AURORA BOREAL, da autoria de Maria Helena Ramos - 3º. prémio
DÁLIA, da autoria de Manuela Lopes Alves - menção honrosa


Poesia Livre

QUOTIDIANO, da autoria de José António Palma Rodrigues - 1º. prémio
MUDANÇAS, da autoria de José António Palma Rodrigues - 1º. prémio
A PAZ DO MEU VIVER, da autoria de António Isidoro Viegas Cavaco - 3º. prémio
A RAZÃO DO MEU VIVER, da autoria de António Isidoro Viegas Cavaco - Menção Honrosa
O NOSSO MUNDO, da autoria de António Isidoro Viegas Cavaco - Menção Honrosa
O MALANDRECO DO VENTO, da autoria de António Isidoro Viegas Cavaco - Menção Honrosa
A VIDA, da autoria de António Isidoro Viegas Cavaco - Menção Honrosa
DESERTO MISTERIOSO, da autoria de António Isidoro Viegas Cavaco - Menção Honrosa
ESPERA, da autoria de José António Palma Rodrigues - Menção Honrosa
SE EU SOUBESSE, da autoria de José António Palma Rodrigues - Menção Honrosa
A FONTE, da autoria de Maria Helena Ramos - Menção Honrosa
SAUDADE, da autoria de Manuela Lopes Alves - Menção Honrosa

Poesia Alusiva a Estoi

ESTOI DE ENCANTOS E TRADIÇÕES, da autoria de António Isidoro Viegas Cavaco - 1º. prémio
QUANDO MAIO SE AVIZINHA, da autoria de José António Palma Rodrigues - 2º. prémio
JOIA DIVINA,  da autoria de Antonio Isidoro Viegas Cavaco - 3º. prémio
RAINHA DA BEIRA SERRA, da autoria de Antonio Isidoro Viegas Cavaco - Menção Honrosa
FESTA DA PINHA 2016, da autoria de José Antonio Paula Brito - Menção Honrosa
ESTOI BELA ADORMECIDA, da autoria de Antonio Isidoro Viegas Cavaco - Menção Honrosa
MEU ESTOI DE BELEZA SINGULAR, da autoria de Antonio Isidoro Viegas Cavaco - Menção Honrosa
ESTOI, da autoria de Maria Helena Ramos - Menção Honrosa
FESTA DA PINHA ESTOI, da autoria de Manuela Lopes Alves - Menção Honrosa
ALDEIA DE ESTOI, da autoria de Manuela Lopes Alves - Menção Honrosa


segunda-feira, 27 de abril de 2015

JOGOS FLORAIS 2015

Dando continuidade à tradição, realizam-se este ano mais uns "Jogos Florais da Festa da Pinha", estando a concurso as seguintes modalidades poéticas:
  • Poesia obrigada a mote
  • Poesia Livre
  • Poesia alusiva a Estoi
O mote deste ano será a quadra da autoria do poeta Dr. Emiliano da Costa:

Saudades da minha terra
Como eu ninguém as sentiu
Na alma casinhas brancas
Nos olhos, água do rio!

Os trabalhos concorrentes deverão ser enviados para:
ACESTOI - Associação Cultural de Estoi
Jogos Florais da Festa da Pinha 2015
Rua Estácio da Veiga, s/n
8005-479 Estoi

O prazo para entrega dos trabalhos termina na próxima Sexta-Feira, 8 de Maio.

A cerimonia de entrega de prémios, terá lugar no salão da Junta de Freguesia, em Estoi, Domingo, 17 de Maio, a partir das 16,00 horas.

Para mais informações consulte o Regulamento dos Jogos ou contacte a ACESTOI- Associação Cultural e Recreativa de Estoi- 289991246 / 917900782

segunda-feira, 21 de maio de 2012

POESIA ALUSIVA A ESTOI

Nos "Jogos Florais da Pinha - 2012", foram estes os trabalhos distinguidos pelo júri, na categoria de "Poesia Alusiva a Estoi".
  • A MINHA ALDEIA

Assim acorda meia aldeia em alvorada
Quando outra metade adormece já madrugada
Começam os motores agrícolas na manhã
Na ressonância dos labores de cada dia
Cada qual traz a sua melodia
E eu sinto em ti aldeia um talismã

Como eu te amo minha aldeia, minha terra
Situada entre o mar e a agreste serra
Aqui nasci tão longe parti mas regressei
Na esperança de continuar no presente
Para não viver só no meio de tanta gente
Onde por te adorar, dos teus poetas falei

E quando chama da saudade ainda arde
És aldeia o meu tronco e minha arvore
Porque sou a raiz deste lugar onde nasci
E quando a luz do belo luar prateia
Na mansa brisa da noite em ti aldeia
Como eu adoro assim viver, viver aqui

(Maria Helena Ramos)
  • A CAMINHO DE ESTOI
Passam mulheres na estrada
Acenam com lenços brancos,
Levam nos pés os tamancos,
Saia de chita, rodada...
A conversa, a gargalhada,
Rostos bonitos e francos...
Em Estoi pousam nos bancos
Que foi grande a caminhada.
 ... Hão de ter cabelos brancos
Aturando a filharada.
............................................
Passam mulheres na estrada
Acenam com lenços brancos.

(Jose Antonio Palma Rodrigues)


  • MÊS DE MAIO
Bem-vindo seja Maio mês de Maria
Assim acorda Maio na minha aldeia
Desde o amanhecer nos convida a alegria
E nas prosas da liberdade assim vagueia

Primeiro de Maio dia do nosso trabalhador
Quer a tradição docinho e aguardente
O nosso povo esquece assim o seu labor
Em Estoi na tradição da nossa gente

A seguir lá vêem a festa da pinha
A tradição secular jamais esquecida
Assim revive a nossa aldeia branquinha
Os romeiros esquecem as mágoas da vida

Também Maio festeja o dia da mãe
Esse tão sagrado amor puro e leal
Amor de mãe feliz de quem ainda tem
Santa mãe não há outro amor igual

Treze de Maio as romarias de Fátima
Ó virgem mãe livra-oos sempre do mal
Dai-nos sempre a fé que nos faz falta
Abençoai este povo cristão e Portugal

 (Maria Helena Ramos) 

  • AO POETA EMILlANO DA COSTA

Vestiu a bata de escaiolador
Quis ser espátula pincel e pintor
Mas foi um grande senhor
Que atingiu a sua meta
Morreu um dia um sonhador
Cansado de tanta cor
Morreu um dia um Doutor
E assim nasceu o poeta

E eu que posso eu deixar?
Na minha diversidade popular
Simplesmente homenagear
Um médico da minha aldeia
Não sei pintar numa tela
Nem fazer uma aguarela
Na minha prosa singela
Só a minha alma vagueia

(Maria Helena Ramos)

POESIA LIVRE

Nos "Jogos Florais da Pinha - 2012", foram estes os trabalhos distinguidos pelo júri, na categoria de "Poesia Livre".



  • A BORBOLETA
De flor em flor, sugando o pó da vida,
Esvoaça a borboleta alegremente.
E cada volta é nova, diferente,
Parece satisfeita, divertida.

Branquinha, muitas vezes colorida,
Ela alegra o olhar de toda a gente
Que a segue e que, diria, quase a sente
Como padrão de esp'rança desmedida.

Podia ser vaidosa... Não, não é!
o vento mal a deixa pôr de pé
Mas ela vai lutando até ao fim.

De novo um raio de sol irá trazê-Ia
Tal como a noite traz em cada estrela
A alma de poeta que há em mim!

 (Jose Antonio Palma Rodrigues) 

  • SÓ EU É QUE MUDEI
A minha praia
tem ainda a mesma areia dourada
que se revolve, se acastela, se desmorona,
como nos tempos dos meus encantamentos.

As ondas,
que abraçam e beijam
viril e amorosamente o areal,
ainda estendem o mesmo manto de espuma branca
como os alvos lençóis dos meus sonhos de criança.

No oceano
o azul, o verde, o prata,
não mudaram
e o céu é o mesmo
que combinava as tintas na paleta das minhas ilusões.

As gaivotas
ainda gritam e praguejam,
como nós, quando moços, na praia que era só nossa...

Os poentes,
ai os poentes na minha praia!
também eles são os mesmos
como quando no céu erguia os meus castelos de esplendor.

Só eu é que mudei!
Só eu é que sou outro!
E mudei tanto, tanto,
que até me desconheço.

Os meus deslumbramentos soterraram-se nas dunas,
os meus sonhos afogaram-se na alva espuma das ondas,

Agora
ilusões, aventuras, ambições, ideais,
são apenas destroços
atirados à costa pelos vendavais!

(Jose Correia Torres)


  • A MINHA ALDEIA
Assim acorda meia aldeia em alvorada
Quando outra metade adormece já madrugada
Começam os motores agrícolas na manhã
Na ressonância dos labores de cada dia
Cada qual traz a sua melodia
E eu sinto em ti aldeia um talismã

Como eu te amo minha aldeia, minha terra
Situada entre o mar e a agreste serra
Aqui nasci tão longe parti mas regressei
Na esperança de continuar no presente
Para não viver só no meio de tanta gente
Onde por te adorar, dos teus poetas falei

E quando chama da saudade ainda arde
És aldeia o meu tronco e minha arvore
Porque sou a raiz deste lugar onde nasci
E quando a luz do belo luar prateia
Na mansa brisa da noite em ti aldeia
Como eu adoro assim viver, viver aqui

(Maria Helena Ramos) 

  • A TAL FELICIDADE
Onde estará a tal felicidade
Que todos procuramos com denodo?
Há quem a busque, em vão, no mundo todo...
Mas ela há de existir, na realidade.

Só quando o desespero nos invade,
Só quando nos conspurcam ódio e lodo,
Descremos da existência, do engodo
De que ela só depende da vontade.

Ser-se feliz! Quem é que o não deseja?
Mas, vede, na verdade quanta inveja,
Quanto ciúme e quanta cicatriz.

Raro acontece, a tal felicidade,
Por força do destino ou da vontade...
Às vezes é melhor não ser feliz!

(Jose Antonio Palma Rodrigues)

  • ÁRVORE AMIGA

Não sei que anos tem. Parece velha.
Mas a sombra que entorna é tão intensa
Que há muito quem afirme e se convença
Que ela é do Paraíso uma centelha.

Acolhe, refrigera e aconselha...
A mágoa mais cruel fica suspensa.
Dizem até que, às vezes, na doença
A lenitivo a folha se assemelha.

Parece a minha avó. Estende os braços
Para afogar as mágoas e os cansaços
De quem a tem, por vezes, esquecida.

Árvore amiga, o sol não te inquieta.
Já te cantou, eu sei, muito Poeta. . .
. .. Mas não és tu um hino à própria vida?

(Jose Antonio Palma Rodrigues)

  • O HOMEM
O homem, esse grande e pequeno ser
Amarelo, branco ou preto, tão diverso
Grande, em conhecimento e saber
Pequeno, na grandiosidade do universo!

Cheio de males, medos e temores
Receia doença, dor, sofrimento
Sofre quase sempre com seus amores
Amargura num simples pensamento

Pleno de defeitos e virtudes
Com sentimento grande e profundo
São dele as nobres ou vis atitudes
Que vão sucedendo neste mundo!

Tráz a guerra e a paz nas suas mãos
Nos seus olhos, a cobiça e a ambição
Rouba, tira ou dá, aos seus irmãos
E reza pedindo a Deus o seu perdão!

E no seu juízo final
De que foge e luta até poder
Morre, toma-se imortal
O homem, esse pequeno grande ser!

(JJ Rodrigues)

sábado, 19 de maio de 2012

POESIA OBRIGADA A MOTE

Nos "Jogos Florais da Pinha - 2012",  foram estes os trabalhos distinguidos pelo júri, na categoria de "Poesia Obrigada a Mote":

Mote
Professor é ser um pai, é ser irmão
É ser amigo em tudo o que ele faz
É ter o saber ao pé do coração
É ser paciente, é ser bom, é ser capaz
(Prof. Amilcar Quaresma)

  • O PROFESSOR
Professor foi quem me iluminou primeiro;
Quem pôs na minha mente como aprender;
-Eu era barco ele era um bom timoneiro:
Ensinou-me como as tormentas vencer
E a não ter mais medo da escuridão...
Ensinou-me a ler, escrever e contar
E a saber que a amizade é de se guardar
Professor, é ser um pai, é ser irmão.

Quem me repreendeu, quem me regenerou,
Quem me fez, de verdade ver o caminho
Que se deve trilhar, como bem trilhou
O meu caro Professor, que com carinho,
Com a dedicação de que era capaz,
Tornou-se no camarada que eu queria;
Colocar-se ao pé de mim quando o inquiria,
É ser amigo em tudo o que ele faz.

Explicava, esclarecia, perguntava...
Tudo tinha interesse no que dizia.
E quando algum de nós na resposta errava,
Ele disfarçava o erro com simpatia,
Corrigindo o engano com discrição.
Quem ensina com afeição, com amor
Com a simplicidade dum sabedor
É ter o saber ao pé do coração!.

Muitos de nós éramos irreverentes,
Traquinas e muito cábulas também;
Adoecia o professor, e nós contentes:
Não havia aulas era um prazer, um bem;
Dia de brincadeira para um rapaz...
Volta o Professor volta a sabedoria,
E ao tolerar algum mal que se fazia
É ser, paciente, é ser bom, é ser capaz

(Jose Correia Torres)
 
  • BICO D'OBRA
  Ele foi mestre na arte de ensinar
D’ela fez também a sua profissão
Até q’um dia acabou por confessar
Professor é ser um pai, é ser irmão

Na vida ele sempre se preocupou
Trabalhar, ser coerente e eficaz
E ao dedicar-se como se dedicou
É ser amigo em tudo o que ele faz

Gostava de poetas e trovadores
Que amava quase com adoração
Quem dá assim aos outros estes valores
É ter o saber ao pé do coração

Foi jogral, como o melhor dos jograis
No teatro amador, aquele que tudo faz
Por tudo isto, até por muito mais
É ser paciente, é ser bom, é ser capaz

(JJ Rodrigues)

  • PROFESSOR
É distribuir o saber sem se cansar
É causar o respeito, admiração
É ser feliz pelo saber e ensinar
Professor é ser um pai, é ser irmão

É ser forte é ser génio poderoso
Dotado de coragem e ser tenaz
É ter a alma simples generoso
É ser amigo em tudo o que ele faz

É ser irmão, da turma e adorar
É ensinar aos filhos da nação
Ser paciente e saber aconselhar
É ter o saber ao pé do coração

Ser professor é repartir o saber
É ter diálogo saber ser eficaz
É ser pai irmão, fazer compreender
É ser paciente, é ser bom, é ser capaz

(Maria Helena Ramos)

  • VELHO ALUNO
Ser Professor é ser predestinado,
Aquele que nos dá a educação.
É estar, ainda que ausente, a nosso lado,
Professor é ser um pai, é ser irmão.

O que ele nos perdoa, na verdade!...
Até as tropelias de rapaz.
"É meu aluno!" - e di-lo com vaidade...
É ser amigo em tudo o que ele faz!

Meu Professor, há quantos anos já!...
O tempo há de passar, os homens não!
Dessas tuas lições algo ficará:
- É ter o saber ao pé do coração!

Ser Professor ainda o digo agora
Quando essas aulas ficaram para trás,
É estar presente na vida a toda ahora,
É ser paciente, é ser bom, é ser capaz!

(Jose Antonio Palma Rodrigues)

QUADRA POPULAR


Nos "Jogos Florais da Pinha - 2012",  foram estes os trabalhos distinguidos pelo júri, na categoria de "Quadra Popular".
  • NOLASCO
Aquela mulher perdida
A quem o mundo magoa
Já sabe que boa vida
Não quer dizer vida boa
(José Antonio Palma Rodrigues)

  • SILVESTRE
O Poeta desafia
Todo o mundo em solidão
Pois só tem por companhia
O seu próprio coração
(José Antonio Palma Rodrigues)



  • ZACARIAS
O homem, se bem casado
A trair raro se atreve
Qual o fogo: -Controlado
Nunca queima o que não deve!
(José Antonio Palma Rodrigues)



  • BARTOLOMEU
Custa muito ver partir
Quem amamos!... Simplesmente
Mais custa ao nosso sentir
Quem está vivo ... e está ausente!
(José Antonio Palma Rodrigues)



  • BICO D'OBRA
Minhas rimas são gotas d'água
Que saem a todo o momento
São dor, alegria, mágoa
Que me escorrem do pensamento!
(JJ Rodrigues)


  • O ALMOCREVE
Viva a Pinha! Viva a Pinha!
Gritavam alto os Romeiros...
Nesta festa quem não vinha
Cedo a Ludo, aos Pinheiros?
(Jose Correia Torres)

  • OS LICÍADOS
Longe da minha Pátria assim permaneci
Sem jamais de tempo para ler os Lusíados
Tarde de mais, talvez que não conheci
O autor e o grande poeta de os Licíados
(Maria Helena Ramos)

terça-feira, 8 de maio de 2012

JOGOS FLORAIS


Resultados dos 38º. Jogos Florais da Pinha - 2012

  • Quadra popular
1°. -"Nolasco" (José António Palma Rodrigues) - Aljubarrota (unanimidade)
2°. -"Silvestre" (José António Palma Rodrigues) - Aljubarrota (unanimidade)
3°. -"Zacarias" (José António Palma Rodrigues) - Aljubarrota

Menções honrosas

-"Bartolomeu" (José António Palma Rodrigues) - Aljubarrota
-"O Almocreve" (José Correia Torres) - Lisboa
-"Bico d'Obra" (José Joaquim Rodrigues) - Estoi / Faro
-"Homenagem ao Poeta dos Licíadas" - Maria Helena Ramos (Estoi)

  • Poesia obrigada a mote
1°. -"O Professor" (José Correia Torres) - Lisboa
2°. -"Bico d'Obra" (José Joaquim Rodrigues) – Estoi/Faro

3° ( ex-aequo )
    -"Professor" - Maria Helena Ramos
    -"O Velho Aluno" (José António Palma Rodrigues) - Aljubarrota

  • Poesia livre
1° ( ex-aequo )
  -"A Borboleta" (José António Palma Rodrigues) - Aljubarrota
  -"Eu Próprio" (José Correia Torres) - Lisboa

2° ( ex-aequo )
   -"A Minha Aldeia" (Maria Helena Ramos) - Estoi
   - "A Tal Felicidade" (José António Palma Rodrigues) - Aljubarrota

3°( ex-aequo )
   - "O Homem" (José Joaquim Rodrigues) - Estoi / Faro
   -"Árvore Amiga" (José António Palma Rodrigues) - Aljubarrota

  • Poesia alusiva a Estoi
1º. -"A minha Aldeia" (Maria Helena Ramos) - Estoi
2º.( ex-aequo )
    -"A Caminho de Estoi" (José Antonio Palma Rodrigues) -Aljubarrota
    -"Mês de Maio" (Maria Helena Ramos) - Estoi
3º.-"Homenagem ao Poeta Emiliano da Costa" (Maria Helena Ramos) - Estoi

sexta-feira, 6 de abril de 2012

XXXVIII JOGOS FLORAIS


Vai ter lugar este ano a edição 38ª. dos Jogos Florais da Pinha, que terão a coordenação da Junta de Freguesia de Estoi, da ACESTOI e também o apoio do Municipio de Faro.

Estarão a concurso as seguintes modalidades:

  • Quadra popular;
  • Poesia obrigada a mote;
  • Poesia livre;
  • Poesia alusiva a Estoi (suas tradições, as suas festas, o seu passado, seus poetas e heróis, o seu povo);
  • Poesia infantil (dirigida apenas às crianças da Freguesia de Estoi, que completem até 12 anos de idade na data da Festa da Pinha, 2 de Maio);
  • Poesia sénior (dirigida aos concorrentes que tenham completado 65 ou mais anos de idade em 2 de Maio).
O prazo limite para entrega dos trabalhos termina impreterivelmente no dia 28 de Abril (6ª feira).

O Regulamento dos Jogos pode ser consultado na página Aldeia de Estoi »»»

terça-feira, 24 de abril de 2007

VIVA A PINHA



Tttccchhhhheeeeee...
Tcchhhhheee…
Pum…Pum…Pum…
Trá, tá tá, trá, tá táa…
Tcheeeeeeee…
Pum!... Pum!... Pum!...

Agachou-se a velhota num repente
Deu um traque violento e altaneiro
Foi um êxtase! Um ardor, um bafo quente
Foi a fuga, esquecendo o seu traseiro…

“Ai Jesus! Valha-me Deus que me borrei…
Ah malvados! Estou desfeita em porcaria…
Vão p´rá Pinha, vão, vão, eu bem o sei
E p´rá bebedeira aí vai tudo em romaria”.

E lá foi num passinho miudinho
Pé ante pé… Era um pivete!...
Passa a cavalo, o Manel e o Branquinho
M´ai-lo Simão e um dos filhos do Cadete.

Um a um os tractores vão chegando
Parecem andores! Quão formosos eles vão!...
Há música a rodos, já cantando vão dançando
Viva a Pinha, p´ra Ludo é um esticão.

Pampilhos ornamentais,
Papoilas, malvas e rosas,
Palmeiras vergadas dão ais
Jaquetas e cintas Formosas.

Uma mãe embevecida
Aconselha o seu filhote:
“Não te metas na bebida
Cavalga bem, vai a trote”.

Flash´s disparam sem fim
Os vídeos são novidade,
“Põe-te aqui ao pé de mim
És quási da minha idade!...”

Viva a Pinha! Viva a Pinha!

O grito ecoa mais forte
O frenesim é maior
O cortejo vai partir
O povo aplaude a sorrir.

O Zé António Piáó desfila garboso
Com a sua irreverência
Um ar jovial e jocoso
Arranca palmas da assistência…

“Um a um, todos à Pinha,
São já horas de partir…”
Na Escola a malta se alinha
Dá vivas, grita a sorrir.

O cortejo já lá vai
Cavalos vão imponentes
No seu fino galopar
Em cima “romeiros” contentes

A outras terras vão chegar…
Vem o povo para a rua
Admirar o cortejo
Esta festa é também tua

Bom regresso é um desejo…
Palmas, flores e vivas

Juventude hilariante
Meninas bem humoradas
Dão um charme cativante
Quais finas mouras encantadas.

A longa fila se estende
No sinuoso alcatrão
Há gente que se surpreende
E julga ser ilusão…

É Maio, são flores, é Primavera!...
É o calor do sol que nos aquece
É uma mística que de nós se apodera
Se tristeza existe, ela esvanece.

Paganismo!?... Fé!?... Tradição!?...
Qual a resposta certinha!?...
A todos os que ali vão
Vão à Festa, vão à Pinha.

Na estrada, mais burburinho
O turista se questiona!?...
Pára mesmo o seu carrinho
Sai p´ra fora uma “camona”.

“What is this???...
How many flowers!?... Ahhh!!!
And the horseman´s… Oooohhh!!!
It´s beautiful…
Please, please!... A photo please!!!...”
“Sim filhaaaa, na deslizes, ah, ah, ah!!!
Tirá´qui uma… Ah camona!...
És cá uma boazona!...”

É a 125, o perigo nos vem sondar
Um a um, todo o cortejo respeita
Não à ida, mas na volta, ao regressar.
Quando os copos, o balão por nós espreita,
Que a multa, essa agora é à´viar…

Ludo, qual Paraíso,
Ilhéu de amores floridos
Cada qual no seu juízo
Sentam os cus já doídos.

A ordem é comer e beber,
Distribuir a preceito,
Quem lá vai, só para ver…
Arranja angina de peito!...

Sardinha assada, fresquinha,
P´lo Viterbo, “xota –xota”…
Assada na brasa, quentinha…
Senhora fina!... Até arrota!...

Caracóis e carne assada
É tudo à descrição.
Há mesas, toalha lavada,
Coma de pé ou no chão.

Cerveja correndo a rodos
Vinhos caseiros são muitos,
Verdes, maduros, de todos,
Chouriços, até presuntos!...

Abarcas, também as há,
Do mais pequeno ao graúdo,
Há café, até há chá,
Há de tudo aqui em Ludo.

Bem comidos, melhor bebidos
Os “romeiros” se exercitam
Alguns, os mais atrevidos…
Por vezes… Até se excitam!...

O convite ali à mão…
Na seda, daquele decote!...
Um homem não é cabrão,
Nem maricas, nem pixote!...

“Há que grande sacaneira,
Vejam o c´o velhote lhe fez!...
Ca puta da brincadeira,
Rasgou a blusa à Inês!…”

Os mirones, estão pasmados
De tamanha algarviada,
Canta-se a canção e o fado
Vozes roucas e afinadas.

Quão depressa o tempo passa
Quando se está a gozar…
Na Festa, com gente de raça
São já horas d´abalar.

Os corpos serpenteando
A caminho dos muares
Por vezes, não os achando,
Outros vêem, mas aos pares!!!...

“Toca a subir m´nha gente,
P´ra Estoi é nossa missão
Santa Bárbara p´la frente
Chega a Banda e o foguetão.

Organizado o cortejo,
Ludo, ficou lá atrás,
Meus olhos, eu já nem vejo,
A cabeça se desfaz!...

Viva a Pinha!
Viva a Pinha!
Viva a Pinha cacete!!!

Vá mais uma bem fresquinha
Estoira no ar um foguete.
Pum! Pum! Pum!...
Catrapum, pum, pum,
Só mais um!!!...

Viva a Pinha!
Viva a Festa da Pinha!...
Viva a Pinha!...

Na estrada é a alegria
Juventude em movimento
P´la manhã, quem diria
Ver o Simão embirrento!...

O Virgílio, o Deputado,
Das vastas terras da Areia,
Com o trânsito está marafado
“Ah sê cabrão duma cheia…”

Movimento, movimento,
Mulas de freio nas ventas,
São um suplício, um tormento!
“Quais travões! Vê tu se aguentas!...”

Bom, o pior já passou!...
E Santa Bárbara é ali
P´ra alguns a Festa acabou
P´ra outros aperta o xi-xi…

Novo magote se agita
No Rossio da “machadinha”
É todo um povo que grita
“Viva a Pinha” Viva a Pinha!...”

A Banda está treinando
Sob a batuta do Latas,
Vão tocando mas olhando
P´ra trás, focinhos e patas.

Tudo ajuda na ladeira
O treino foi proveitoso
Porque em Estoi a brincadeira
P´ra alguns é bem espinhoso.

“É tarde, é tarde, maltinha,
Vamos chegar atrasados,
Viva a Pinha! Viva a Pinha!
Ah! Copos! Ah seus malvados!...”

Descida com puro sangue
Mistura de alcoolémia
“Queira Deus eu não me zangue...”
O Coiro da Burra nos espera
O cortejo vai chegar
O Povo não desespera
A Festa vai continuar.

Archotes, são disputados,
Distribuídos à medida,
“Quero os carros iluminados
Mal se inicie a subida.”

“Sim, Sô Presedente,
Assim memo é q´ué falari,
O ano passado fique doente
Na vi d´nhum pus-me a olhari.”

Banda garbosa e nervosa
É da Pinha tradição
Aquela subida espinhosa
Deixa marcas, pois então…

Puuuum!...
É a partida!...

O carrossel já partiu!...
Ordeiro e compenetrado
Cada actor cumpre e cumpriu
O seu papel, sem ser forçado.

Que lindo! Que majestoso!...
Que imponente cortejo!...
P´ra Estoi estou ansioso
Cumprir enfim meu desejo.

Viva a Pinha! Viva a Pinha!
Viva a Festa da Pinha!...

À malta do caneco
Como aguentam essas gargantas
Vai mais um, outro boneco,
Flash´s na noite! – Que mantas!...

“Na veio a tlevesão?!...
Virá no Telejornal!?...
Os cabrões nunca cá estão,
Mas que merda é esta afinal!?...”

Viva a Pinha! Viva a Pinha!
Viva a Festa da Pinha!...

Varandas, estão apinhadas,
Palmas e vivas s´escutam,
Crianças, estão pasmadas
Os velhos, até exultam…

Viva a Festa da Pinha!!!

Respondem os forasteiros
De vídeos bem apontados,
Seus filmes são pioneiros
De feitos por nós glosados.

Eis o Largo da Igreja!...
Que majestoso cenário!...
Quem não viu, é bom que veja
Quão belo e imaginário!...

Cavaleiros, romeiros altivos,
Nas carroças, o sangue fervilha,
Tractores repletos, garridos,
Viva a Pinha! Viva a Pinha!...

Quase na ponta final,
No Jardim, novo fulgor,
Todos vêem, bem ou mal,
Aquele fogo, aquele ardor!...

Viva a Pinha! Viva a Pinha!...
Viva a Festa da Pinha!...

E estamos chegando ao fim,
No Cruzeiro, ao Pé da Cruz,
Palmeiras, flores, alecrim,
Fogueira imensa de luz!...

Está contado o que vi
Nesta Festa bem amada
Da aldeia onde vivi
Por mim jamais olvidada.

Joaquim Aleixo
(Acabei o meu poema
2:15 da madrugada…)
(Faro, 2 de Maio de 1989)